UM ELO ENTRE O
ORIENTE E O OCIDENTE ATRAVÉS DA OBRA O LIVRO DO CHÁ, DE KAKUZŌ OKAKURA
O Livro do Chá (1906), escrito pelo pesquisador japonês Kakuzō Okakura (1863-1913), também conhecido por Okakura Tenshin, foi publicado pela primeira vez em Nova York, com o título em inglês The Book of Tea. A publicação ocorreu no final da Era Meiji (1868-1912), época em que foram abertos os portos com o objetivo de que o comércio entre o Japão e o restante do mundo pudesse acontecer, ao mesmo tempo, foi um momento de troca cultural com o ocidente. Neste contexto, a obra foi inaugurada, despertando novas visões do ocidente para com o oriente, que ainda era visto por parte dos ocidentais como um lugar misterioso e que causava diversas dúvidas.
O livro traz descrições sobre a chanoyu, que significa literalmente "água quente para o chá”, conhecida como "a cerimônia de chá japonesa". Outro sentido possível é em relação à preparação do chá verde em pó, denominado matcha, também popularizado como Chanoyu ou Chado. O Chado pode ser traduzido como “caminho do chá”, e também é um conceito mais moderno. Ao contrário de Chanoyu, pois esta terminologia foi muito utilizada por Sen no Rikyu (1522-1591), um dos fundadores da tradicional cerimônia do chá (RUSSELL, 2018).
A cultura da chanoyu é uma das práticas mais reconhecidas pelo ocidente como parte da cultura japonesa. Segundo Hisamatsu Shin´nichi (1970), a razão está em ser algo de caráter estrangeiro, que gera estranheza. Para Cristina Rocha (1996), o chado (caminho do chá) foi a última arte tradicional japonesa descoberta pelos ocidentais. Tendo em vista outras artes como a ikebana (arranjo florais), o sumi-ê (técnica de pintura), as artes marciais, a arquitetura e a culinária japonesa, todas essas trazem consigo um produto final. Diferente destas, a cerimônia de chá se trata de uma vivência, um aprendizado imaterial.
Podemos afirmar que a cerimônia de chá, além de ser uma arte japonesa capaz de transmitir valores, costumes e pensamentos da cultura oriental, também possui um lado didático, que ensina boas maneiras que podem contribuir nas relações humanas. Praticar e estudar o chadô também significa aprender mais sobre a cultura japonesa, pois ela traz consigo diversos costumes que estão presentes na tradição nipônica. Dessa maneira, levar a cultura chadô para o ocidente também significou transportar a cultura japonesa e seus principais valores.
Na época em que Okakura escreveu O Livro do Chá ainda havia muitas ideias que faziam parte do imaginário repleto de pré-conceitos do ocidente para com o oriente. Dessa maneira, o autor japonês questiona em sua obra sobre alguns estereótipos, como: “Quando o Ocidente compreenderá o Oriente? Nós, os asiáticos, ficamos com frequência consternados com a estranha teia de fatos e fantasias que tem sido tecida a nosso respeito. Somos descritos como seres que vivem do perfume do lótus, quando não de ratos e baratas” (OKAKURA, 2008, p. 32). Nesse momento, o oriente ainda era visto com base em vários em suposições e não em experiências reais, já que o contato entre os dois povos ainda era restrito e limitado.
O Livro do Chá demonstra muitas curiosidades em torno da cerimônia do chá, traz explicações de como o ambiente é preparado, além de evidenciar como o taoísmo e o zen influenciam o ritual, a importância das flores, a valorização dos mestres de chá e outros utensílios de cerâmica, ferro e madeira em laca. A obra também é significativa no sentido de criar laços, desenvolver uma ponte entre a cultura oriental e a ocidental, uma vez que é capaz de explicar, contextualizar e informar sobre questões tradicionais do Japão, de modo acessível, sobretudo por ter sido escrito em língua inglesa, pois Okakura residia em Boston de 1904 a 1913 enquanto trabalhava no Museu de Belas Artes, na função de curador da arte oriental.
Antes de sua obra ter se tornado um elo entre o ocidente e o oriente, já havia acontecido um primeiro contato do chá com os ocidentais. Esse fato é marcante no que diz respeito ao início do relacionamento entre o oriente e o ocidente. Alguns registros históricos datam que a partir do século XVI, várias embarcações portuguesas e espanholas chegavam no Japão. Neste sentido, conforme Leeja Russel (2018):
“Os primeiros estrangeiros a encontrar Chanoyu no Japão foram europeus, principalmente portugueses e os espanhóis, que chegaram à cidade de Nagasaki em meados do século XVI. A maioria eram diplomatas, mercadores e missionários jesuítas católicos. Comerciantes e diplomatas focavam principalmente em negócios e comércio; os jesuítas, no entanto, concentraram-se em estabelecer residência no Japão e assimilar na cultura como parte de sua missão de converter japoneses em cristãos (Cooper, 1970). Aprender as normas e a cultura do Japão foi considerado essencial para o sucesso de sua missão e, como tal, entre os primeiros europeus que visitaram o Japão, os jesuítas foram os mais ativos na sociedade japonesa. Muitos se tornaram proficientes na língua japonesa e participaram ativamente de vários aspectos da vida e da cultura japonesas” (RUSSELL, 2018, p. 101, tradução nossa).
Em decorrência disso, percebemos que o contato com a chanoyu pelos ocidentais se iniciou há bastante tempo, especificamente no século XVI, época em que a cerimônia de chá ainda estava sendo reformulada e se fortalecendo como arte japonesa. Os jesuítas, sobretudo, foram os que mais se aproximaram das tradições nipônicas, com o conhecimento da língua, era possível participar e se aprofundar melhor sobre os costumes orientais. Essa aproximação não durou muito, pois com a implantação do Xogunato Tokugawa, os portos foram fechados e o relacionamento entre o ocidente e o oriente foi rompido. Conforme Russell (2018):
“As próprias fronteiras do Japão foram fisicamente fechadas para estrangeiros por mais de duzentos anos devido à política externa de auto isolamento do xogunato Tokugawa (sakoku), que começou a tomar forma em 1633 com aplicação total em 1853 (Boxer, 1951). Durante esse período, como regra, os estrangeiros foram proibidos de entrar e os japoneses foram proibidos de viajar para o exterior (Ellington, 2002). O longo isolamento do Japão ajudou a manter sua cultura tradicional envolta em mistério e restringiu ainda mais o acesso limitado que os estrangeiros tinham para vivenciá-la” (RUSSELL, 2018, p. 98, tradução nossa).
O Xogunato Tokugawa (1603-1868), nesse aspecto, foi um período de empecilho para que as culturas ocidentais e orientais tivessem um contato duradouro e eficiente. Fato que só foi alterado com a Restauração Meiji (1868-1900), quando ocorreu a derrubada do Xogunato. Kakuzō Okakura e Ernest Fenollosa foram essenciais para que as transformações propostas na nova era pudessem se efetivar. Okakura foi um grande conhecedor das obras artísticas japonesas e orientais de maneira geral, era considerado um ativista no que diz respeito ao intercâmbio global da arte nipônica. Vale ressaltar que também era um dos primeiros japoneses a levar a arte do oriente para o ocidente (VALDRIGUE, 2014).
Em 1877, com apenas 15 anos, Okakura iniciou o curso de Letras na Universidade de Tóquio, ele estudou disciplinas como Política e Economia, além de aprender sobre a poesia chinesa, a tocar koto (instrumento de cordas tradicional japonês), estudou a cerimônia de chá e outras artes, como o estilo de pintura nanga, que utilizava tinta carvão preta e poucas cores, retratava principalmente paisagens chinesas (VALDRIGUE, 2016). No ano seguinte, ele conheceu o professor norte-americano Ernest Fenollosa (1853-1908), fato que marcou a história do pesquisador, pois Fenollosa se tornou um grande companheiro na busca da preservação da arte japonesa.
De acordo com Mitteau (2013): “A estética desenvolvida entre os anos 1880 e 1900 por Fenollosa e Okakura corresponde bem a um modelo universalista que integrou a ideia de uma pluralidade de paradigmas artísticos, articulada em torno do conceito de síntese.” (MITTEAU, 2013, s/n). Esse modelo universalista tinha como objetivo manter as tradições japonesas vivas, ao mesmo tempo que poderia ser expandida e reconhecida por todo o mundo, não se restringindo apenas ao Japão ou aos países orientais. Dessa forma, os dois pesquisadores se dedicaram a levar a cultura japonesa até os lugares mais distantes da terra do sol nascente.
Em sua primeira publicação, Os Ideais do Oriente (The Ideals of the East), lançado em Londres, no ano de 1903, Okakura aborda sobre a arte japonesa e as influências que ela teve de países orientais, como a China e a Índia. Dessa maneira, Tenshin discorre também em relação a origem comum de todas as manifestações artísticas asiáticas, desbravando um percurso histórico do Japão (VALDRIGUE, 2016). Os seus escritos eram muito didáticos, claros e objetivos, fato que provava o seu intuito de partilhar a arte oriental para o mundo todo.
Na sua segunda obra O Despertar do Japão (The Awakening of Japan), publicada em Nova York no ano de 1904, o autor explora mais um lado político do que estético, apresentando a história japonesa sob a ótica da política nacional e das transformações na sociedade, principalmente após o período Meiji. Nesse livro é possível destacar um teor nacionalista, pois Okakura destaca o desenvolvimento econômico e cultural do Japão, em contraste com o ocidente (VALDRIGUE, 2016). Neste sentido, o autor demonstra seu conhecimento sobre as questões políticas e econômicas de seu país, mas também revela ser um nacionalista, que busca manter a cultura tradicional japonesa.
Em sua terceira obra, O Livro do Chá (1906) é o seu livro mais famoso no mundo, uma vez que chegou a ser traduzido para aproximadamente trinta línguas. Além disso, é a única obra de Okakura que foi traduzida para o português pela tradutora Leiko Gotoda, publicada pela Estação Liberdade em 2008. Nesse livro, Okakura traz conceitos estéticos japoneses, mostrando a influência do zen e do taoísmo, sobretudo ideais que são importantes não apenas para a arte nipônica, mas para a arte oriental de maneira ampla. Nas palavras de Okakura, em O Livro do Chá:
“A filosofia do chá não é simples esteticismo no sentido comum do termo, pois, em conjunto com a ética e a religião, expressa integralmente a nossa opinião a respeito do homem e da natureza. É higiênica porque impõe a limpeza; é econômica por demonstrar mais conforto no simples que no complexo e caro; é geométrica moral pois define nosso senso de proporção em relação ao universo. Representa o verdadeiro espírito da democracia oriental em tornar todos os adeptos aristocratas de bom gosto (...). Um estrangeiro pode sem dúvida se espantar com tanto estardalhaço por motivo aparentemente insignificante. Que bela tempestade em copo de chá! Dirá ele. Mas quando consideramos quão pequena é afinal a xícara do prazer humano, quão rápido ela transborda em lágrimas, quão fácil se esgota em nossa sede insaciável por infinitude, deixando apenas borra, não deveríamos nos censurar por darmos tanta importância à xícara de chá” (OKAKURA, 2008, p. 30)
Neste ensaio, chamado “A xícara da humanidade”, Tenshin primeiramente busca definir e apresentar a filosofia do chá, também chamada por ele de “chaísmo”, como se fosse uma religião do chá. Todas essas regras que guiam o ritual têm como essência quatro princípios: respeito, harmonia, pureza e tranquilidade, esses fundamentos foram propostos pelo mestre de chá Sen no Rikyu, que formalizou a cerimônia de chá como conhecemos na modernidade.
Em seguida, Okakura reflete sobre o espanto que um estrangeiro deve sentir ao ver como os japoneses valorizam uma simples xícara de chá, assim, ele compara com uma xícara do prazer humano, que tão rápido acaba quanto uma xícara de chá. Portanto, não há razão que justifique não apreciar uma xícara de chá, pois esse ato enquanto cerimônia de chá é filosófico e artístico.
Em resumo, O
Livro do Chá, de Kakuzō Okakura, torna-se um elo entre o oriente e o
ocidente, uma vez que por ser acessível, escrito em inglês e traduzido para
mais de 30 línguas, foi capaz de ensinar e explicar sobre a arte do chá para o
ocidente de forma compreensível e simples. Desse modo, a cerimônia de chá pode
ser compreendida como parte da tradição nipônica e uma arte representativa de
sua cultura. Na contemporaneidade, a chanoyu é praticada por diversos
países de todo o mundo, e em sua essência, ela carrega inúmeros princípios
culturais, artísticos e filosóficos orientais. O Livro do Chá evidencia
que a cultura japonesa, embora pareça muito distante e inalcançável, na verdade
possui rituais que podem encantar e gerar aprendizados para qualquer indivíduo,
seja ele oriental ou ocidental.
Referências
Narumi Ito é
Mestranda em Língua, Literatura e Cultura Japonesa pela Universidade de São
Paulo (USP) e bolsista pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (FAPESP). Graduada em Letras – Inglês pela Universidade do Estado de Mato
Grosso (UNEMAT). Contato: narumiito@hotmail.com
MITTEAU,
A. L´universalisme de l´esthétique chez Okakura Kakuzô (dit Tenshin) et Ernest
Fenollosa: critique et actualité. (O universalismo da estética de Okakura
Kakuzō (vulgo Tenshin) e Ernest Fenollosa: crítica e atualidade). Ebisu
(estudos japoneses), 50, outono-inverno, 2013. Disponível em:
<https://journals.openedition.org/ebisu/1138>. Acesso em 04 de setembro
de 2020.
OKAKURA,
Kakuzō. O Livro do Chá. Prefácio e Posfácio de Hounsai Genshitsu Sen.
Tradução de Leiko Gotoda. São Paulo: Estação Liberdade, 2008.
ROCHA,
Cristina Moreira. A cerimônia do chá no Japão e sua reapropriação no brasil:
uma metáfora da identidade cultural do japonês. Dissertação de mestrado do
Departamento de Comunicações e Artes da Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo, sob orientação do Prof. Dr. Virgílio Noya Pinto,
1996.
RUSSELL,
Leeja. The Appeal of Traditional Japanese Culture for Western Visitors in
Pre-modern Japan: The Chanoyu Perspective (O apelo da cultura tradicional
japonesa para visitantes ocidentais no Japão pré-moderno: a perspectiva de
Chanoyu). Hannan Ronshu, Ciências Sociais, vol. 54, n° 01, outubro,
2018. Disponível em:
<https://www.semanticscholar.org/paper/LeejaRussellTheAppealofTraditionalJapaneseRussell/7d2a2b272d7b88dd31dfe883d3419068f6b01e29>.
Acesso em 04 de setembro de 2020.
SHIN´NICHI,
Hisamatsu. The nature of sado culture (A natureza da cultura Sadō). In: Rev.
O budista oriental - nova série, p. 9-19, v. 03, número 2, 1970. Disponível
em: <https://ci.nii.ac.jp/naid/120006823787>. Acesso em 03 de julho de
2020.
VALDRIGUE,
Amadeus. Kakuzô Okakura e a busca da essência da arte japonesa: influência e
continuidade em Mokichi Okada. 2016. Dissertação de Mestrado em Letras
(Língua Literatura e Cultura Japonesa) - Universidade de São Paulo. Orientadora:
Neide Hissae Nagae.
_____.
O cuidado na arte-educação: exemplo de Kakuzô Okakura e as senhoras costureiras
do museu de belas-artes de Boston. Saberes em Ação: Revista de Estudos da
Faculdade Messiânica. Ano 02, n° 04, jul-dez, 2014.
Acho muito interessante como o chá tem não só uma função ritualística, mas também implicações políticas e econômicas para o mundo inteiro, apesar de ainda serem pouco exploradas. Andrew B. Liu, em seu recente livro "Tea War", demonstra como o chá está imerso nos fluxos socioeconômicos entre Ocidente e Oriente por vários séculos. Ele admite, contudo, que é só no século XIX que ele se torna uma commodity internacional, cujos centros de produção se concentravam na China e Índia. Aliás, até então, achava-se, no Ocidente, que o chá era um produto de origem japonesa, quanto, na verdade, tanto o chá e seus rituais, quanto o taoísmo, têm como berço a China. Como a obra de Okakura dialoga com essas percepções distorcidas do Ocidente? Ela apresenta esses traços culturais como unicamente japoneses? Se sim, estaria isso relacionado com sua intenção de promover a cultura japonesa? Com o passar do tempo, criou-se uma rica diversidade de rituais, sendo a japonesa uma - que importou não só o chá, mas também muitos aspectos ritualísticos da China - dentre tantas outras. Como Okakura está inserido nesse contexto, e, de forma mais geral, como a tradição do chá japonesa se coloca dentro dessa narrativa histórica do chá? Obrigado!
ResponderExcluirOi Daniel, agradeço o seu comentário. Sem dúvida, essa é uma reflexão pertinente, não conhecia esse livro "Tea War", vou até anotar para ajudar na minha pesquisa. Em relação a sua pergunta, no primeiro ensaio de Okakura do "O Livro do Chá", ele inicia assim: "O chá era a princípio um remédio e se transformou em bebida. Na China do século XIII, entrou para o campo da poesia como um entretenimento refinado. O século XV viu o Japão elevá-lo à categoria de religião estética, ou seja, à de chaísmo" (p. 29). Então, acredito que Okakura admite a importância da China e da Índia tb, sem omitir que o Japão teve muita influência cultural, política, ritualística e artística desses países. Em outro ensaio, denominado: "O taoísmo e o zen", ele volta a fazer bastante referências a China. No entanto, fica claro como Okakura tb tenta mostrar que o Japão desenvolveu uma cerimônia de chá particular, com características distintas. Vale ressaltar que a obra de Okakura é curta, então acaba abrangendo muito conteúdo de modo mais simples e superficial, ele cita fatos importantes, mas não aprofunda tanto. O objetivo dele foi apresentar a cultura japonesa de maneira compreensiva, levando em conta o público ocidental. Espero ter conseguido responder um pouco das questões que você levantou.
ExcluirNarumi Ito.
Interessante! Obrigado pela resposta!
ExcluirParabéns pelo trabalho Narumi. Apesar de conhecer o livro e ter uma ideia superficial sobre a cerimônia do chá ainda não havia percebido todas implicações que o autor apresentou sobre a importância do ritual do chá e que atravessaram as fronteiras japonesas ao longo dos séculos. É uma abordagem importante para estes tempos em que a diplomacia cultural é valorizada.
ResponderExcluirMuito obrigada pelo seu comentário, Ana Paula! Exatamente, concordo com você.
ExcluirNarumi Ito.
Olá, Ito-san. Parabéns pelo trabalho! Além de “O livro do chá”, de Okakura, a “chanoyu” é igualmente abordada e comentada em “Tempo e Espaço na Cultura Japonesa”, de Shuichi Kato, e em “Mil Tsurus”, de Yasunari Kawabata. A Sra. Tem conhecimento de outros livros (preferencialmente literários) que girem em torno da temática, ou ao menos a mencionem?
ResponderExcluirJoão Antonio Machado
Olá, João! Muito obrigada pelo comentário. Sim, eu conheço esses dois livros que você citou. Li um conto recentemente chamado "Casuística", de Ôgai Mori (1862-1922), ele cita que o pai dele costumava praticar a cerimônia de chá, e que ele por ter se mudado para Tóquio, acabou não seguindo a tradição. No romance "Kitchen", da Banana Yoshimoto, é comentando sobre o costume de beber o chá, mas não exatamente de praticar a chanoyu. Vc estuda esse tema? Se quiser, me envie um e-mail para conversarmos melhor: narumiito@hotmail.com
ResponderExcluirNarumi Ito