Sidineia dos Santos Conrado e Felipe Augusto Fernandes Borges

 

FRANCISCO XAVIER, CATEQUESE, BATISMO, ENSINO E EVANGELIZAÇÃO DAS CRIANÇAS NO ORIENTE (1542-1552)


  

Introdução

Este trabalho é fruto dos estudos realizados no âmbito do projeto de pesquisa “Concepções de criança e infância no epistolário do jesuíta Francisco Xavier (1542-1552)”, realizado no âmbito do curso de Pedagogia do Instituto Federal do Paraná, Campus Pitanga, do qual pude participar como bolsista de PIBIC entre os meses de agosto de 2019 a setembro de 2020.

As cartas enviadas pelos padres e missionários da Companhia de Jesus, espalhada por todo mundo, eram a principal forma de comunicação da Ordem. Através delas eram definidos os rumos e as orientações a serem repassadas para todos os colégios, todas as missões, enfim, para todo o contingente disperso da Companhia de Jesus. Eram também um meio de orientar os missionários tão dispersos, formalizando e organizando a Companhia de Jesus. Dentre as muitas cartas enviadas por padres missionários espalhados pelo mundo, este trabalho se debruça sobre as do padre Francisco Xavier, nos dez anos de intensa ação missionária, desde quando desembarcou em Goa, em 1542, até sua morte, em 1552, para analisarmos a forma com que ele tratava as crianças e como ele as via, ou seja, buscamos sua concepção de infância.

Francisco Xavier foi, sem dúvida, um dos missionários que mais evangelizou no Oriente. Ele, junto a Inácio de Loiola e mais seis amigos foram fundadores da Companhia de Jesus. Figura importantíssima, o missionário foi o maior conquistador do Oriente, como nos fala o padre jesuíta Mario Martins, na sua introdução das “Obras completas de Francisco Xavier” (2006, p.17), que é nossa principal fonte de pesquisa.

 

Francisco Xavier

Francisco Xavier nasceu em 7 de abril do ano de 1506, espanhol de família nobre, nasceu no castelo de Javier, ainda reino de Navarra. Estudou filosofia no colégio de Santa Bárbara, em Paris, dirigido pelo português Diogo de Gouveia à época, aprendeu vários idiomas, francês, italiano e alemão. Nesse período é que Xavier conhece Inácio de Loiola. Juntou-se a Inácio de Loiola e aos demais fundadores da Companhia, que, em 1534, fazem seus votos em Montmartre (BORGES, COSTA & MENEZES, 2019). Cofundador da Companhia de Jesus, junto com Loyola e o grupo, seguem para Roma onde se colocam a disposição do Papa e consequente da coroa portuguesa, onde foi enviado em missão ao Oriente desembarcando num local chamado Costa da Pescaria no sul da Índia, passou a ser chamado apóstolo das Índias (CRUZ TERRA SANTA, 2020). Porem seu árduo trabalho não parou por ali, ele chegou ao Japão em julho de 1549, trabalhou e aprendeu a língua japonesa, e escreveu sobre a criação do mundo e Jesus Cristo. Voltou para Índia, onde morreu em Sanchoão em 3 de Dezembro de 1552, quando pretendia ir à China (BORGES, 2015). Em todo esse tempo e atividades, Xavier mandava muitas cartas relatando sua caminhada e mesmo após sua morte suas cartas ainda chegavam até os padres da Companhia de Jesus.

 

Concepções da infância

No transcorrer da história da humanidade a criança nem sempre foi vista como um ser especial e inacabado, em desenvolvimento e com necessidade de atendimento diferenciado. Por muito tempo a criança era percebida como um adulto em miniatura; a ela eram incumbidas tarefas de igual teor e responsabilidade que os demais.

Observa-se a falta de sentimento pela infância no século XII, diante da citação de Ariès, o qual afirma que “[...] à arte medieval desconhecia a infância ou não tentava representá-la. É difícil crer que essa ausência se devesse a incompetência ou a falta de habilidade. É mais provável que não houvesse lugar para a infância nesse mundo” (ARIÉS, 1978, p. 50).

Analisando alguns autores (ARIÉS, 1978; KUHLMANN JR., 2007) que trataram sobre infância e história, tais como podemos entender que, durante muito tempo, as crianças não tinham tempo nem o direito ao brincar, se divertir, interagir com os demais, conviviam com os adultos e aprendiam através do exemplo e orientações recebidas. No ponto de vista educacional os saberes davam-se de acordo com a necessidade de cada época, os pequenos aprendiam através do convívio, observando a prática dos adultos. Pode-se dizer que no Brasil, por exemplo, os primeiros contatos com a educação formal propriamente dita, deu-se com a chegada dos padres missionários que ensinavam a catequese, leitura do evangelho e mesmo estudo da língua para que pudessem serem entendidos, com a finalidade de conversão ao cristianismo (SAVIANI, 2013).

No caso indiano, em que as culturas lá presentes quando da chegada dos portugueses já tinham desenvolvido religião (teologicamente organizada), escrita e eram diferentes do ponto de vista das culturas indígenas do Brasil, a educação formal dos padres não foi exatamente a primeira. Mas foi, para muitos daqueles atores sociais, crianças inclusive, o primeiro contato com a educação ocidental formal (BORGES, 2015). A educação lá empreendida pelos missionários tinha viés religioso, ou seja, era voltada para a “salvação”, para a conversão do gentio:

“As atividades de catequese e evangelização, dessa forma, facilitaram, do ponto de vista cultural, a penetração portuguesa nos reinos orientais bem como a convivência com os povos locais. Considere-se que ao mesmo tempo em que os missionários ensinavam o evangelho e a doutrina cristã, ensinavam paralelamente a língua e os costumes portugueses” (BORGES, 2015, p. 74).

Segundo autores como Ariés (1978), foi no século XV que começou a surgir um novo olhar em relação às crianças, quando as famílias e pessoas de seu convívio passam a demonstrar sentimento de afeto, carinho e atenção. Conforme afirma Ariés (1978, p. 158) “(...) em que a criança, por sua ingenuidade, gentileza e graça se tornava uma fonte de distração e de relaxamento para os adultos, um sentimento que poderíamos chamar de ‘paparicação’”.


As primeiras instituições escolares surgem em meados do século XVIII, com a chegada da era industrial, quando as crianças são separadas dos adultos e sente-se a necessidade de fornecer maiores conhecimentos a todos, pois até então o ensino era oferecido aos filhos da elite e dos proprietários, seus futuros herdeiros (ÀRIES, 1978; KUHLMANN JR., 2007).

Nessa época percebe-se a necessidade de ensinar os filhos dos empregados para que possam assim trabalhar com a tecnologia que estava chegando, porém sabendo-se que sua função seria servir aos patrões. A preocupação com a educação pedagógica e a inserção das crianças na sociedade propriamente dita, são ideias e inquietações do fim do século XIX e início do século XX (ÀRIES, 1978; KUHLMANN JR., 2007).

 

Concepções da infância em Xavier

São Francisco Xavier em sua trajetória missionária fazia seus relatos através de longas cartas detalhando minuciosamente sua missão. De Goa, em 20 de setembro de 1542, escreveu aos companheiros em Roma, entre os relatos fala que as pessoas da ilha de Socotorá distante da cidade de Melinde de 25 a 30 léguas definem-se por cristãos, assim referindo-se a essa população: “A gente desta ilha e de cristãos, ao parecer deles: por tais se tem. Preza-se muito de ser cristãos, nos nomes, e assim o mostram” (XAVIER, 2006, p. 109).

Com o intuito de converter os gentios ao cristianismo e mesmo auxiliar os cacizes (pessoa que fazia papel de padre nos lugares, porém sem saber ler ou escrever), por onde passava realizava batizados com aprovação das famílias, conforme cita em sua carta: “Estes cacizes não baptizam, nem sabem que coisa e baptizar. As vezes que fui a estes lugares, baptizei muitos miúdos; folgavam seus pais e mães porque os batizava” (XAVIER, 2006, p. 109).

Outra preocupação de Xavier era centrada na educação, acreditava ele que fundando um colégio, proporcionando cultura e sabedoria as crianças, haveria maiores chance de conversão entre os gentios. Conforme pode-se observar em sua carta ao Padre Inácio de Loyola (Roma), escrita em 1542: “Os de cá confiamos em Deus Nosso Senhor que, deste colégio, antes de muitos anos, hão de sair homens que hão de acrescentar, nestas partes, muito, a fé de Jesus Cristo e cumprir as fronteiras da santa mãe Igreja” (XAVIER, 2006, p. 115).

Escrevendo ao Padre Inácio de Loyola (Roma) em outubro de 1542, Xavier relata sobre os lugares em que passava e quão desprovidos eram: “Nestes lugares, não habitam portugueses, por ser a terra muito estéril, em extremo, e paupérrima” (XAVIER, 2006, p. 129).

Mais adiantes nesta carta menciona sua preocupação quanto ao batismo das crianças e ao ensinamento das orações que lhe pediam, conforme escreve:

“Nestes lugares, quando chegava, baptizava todas as crianças que não estavam baptizadas. De maneira que baptizei uma grande multidão de crianças <ignorantes da diferença que há entre esquerda e direita>. Quando chegava aos lugares, não me deixavam, as crianças, nem rezar o meu Ofício, nem comer, nem dormir, sem que lhes ensinasse algumas orações” (XAVIER, 2006, p. 129).

Em outra carta aos seus companheiros residentes em Roma, escrita de Cochim, com data de 15 de janeiro 1544, percebe-se sua preocupação em catequizar os jovens ensinando-lhes as principais orações para que esses transmitam o ensinamento aos familiares, assim referindo-se:

“[...] juntando todos os moções e homens que podia e, depois de os ter juntado, ensinava-os cada dia duas vezes. No espaço de um mês, ensinava as orações, dando a seguinte ordem: que os moços, aos seus pais e mães, e a todos os de casa e vizinhos, ensinassem o que na escola aprendiam” (XAVIER, 2006, p. 136).

Na mesma carta percebe-se a necessidade que Xavier sentia na conversão dos infiéis e salvação de suas almas.

“Ao visitar os lugares de cristãos, passo por muitos pagodes. Uma vez passeis por um, onde havia mais de duzentos brâmanes [...] a grandes vozes, disse o Credo e os Mandamentos da lei na língua deles, fazendo alguma detenção em cada Mandamento. Acabado os mandamentos, fiz-lhes uma exortação na língua deles, explicando-lhes [...] Depois de acabada esta prática, levantaram-se todos os brâmanes e deram-me grandes abraços, dizendo-me que verdadeiramente o Deus dos cristãos é o verdadeiro Deus, pois os seus Mandamentos são tão conformes a toda a razão natural” (XAVIER, 2006, p. 144 - 145).

Através da carta a Francisco Mansilhas (Punicale) em Manapar, escrita em 14 de março 1544, Xavier refere-se a aconselhamentos dado a mulheres e filhos esclarecendo de que as mulheres não bebessem urraca (bebida de vinho de palma) e o respeito que os filhos devem ter com os pais: “A Mateus, direis que seja muito bom filho e eu lhe farei mais bem do que lhe hão-de fazer seus parentes” (XAVIER, 2006, p. 153).

Por mais uma vez deixa claro a sua grande preocupação quanto o batismo, catequese e adoração a ídolos ao dar ordens a seus subordinados, escrevendo assim: “Os meninos que nascem baptizareis com muita diligência. Os [outros] meninos ensinareis, como vos tenho recomendado e, aos domingos, as orações a todos, com alguma pregaçãozinha. Proibi aos pagodes: que não se façam” (XAVIER, 2006, p. 153).

Buscando sempre a conversão para o cristianismo, Xavier continua sua missão seguindo de um lugar a outro buscando salvar almas através de suas pregações, batismos e confissões. Na carta escrita aos seus companheiros da Europa, em maio de 1546, Xavier relata que:

“Neste tempo, não me faltaram ocupações espirituais, assim em pregar nos domingos e festas, como em confessar muitas pessoas: tanto enfermos do hospital onde pousava, como outros sãos. Em todo este tempo ensinei, aos moços e cristãos novamente convertidos a fé, a doutrina cristã” (XAVIER, 2006, p. 265).

Francisco Xavier escreveu ainda, em 1548, ao Padre Francisco Henriques (Travancor) relatando sobre a espera dos padres Cipriano e Morais da ilha de Socotorá. Através de sua leitura percebe-se novamente a grande preocupação dele quanto a salvação de almas através do batismo e cuidado com as crianças menores, bem como o receio das armadilhas do demônio.

“Olhai que, depois que estais nesta Costa – que podem ser oito meses – [já] salvastes mais almas, baptizando crianças que depois de baptizadas morre, do que salvastes em Portugal ou de Coulão para la. Se, em tão pouco tempo, mais almas salvastes nesta Costa, do que salvastes antes que a ela viésseis, nós vos espanteis [de] o inimigo vos dar muitas turbações para vos lançar fora desta terra, para onde não façais tanto fruto como ai” (XAVIER, 2006, p. 373). 

Nas suas peregrinações em terras japonesas em Kagoshima relata aos seus companheiros residentes em Goa, em carta de 1549, sobre seu espanto dos bonzos (sacerdotes desses lugares) viverem juntos com mulheres (as quais ele erroneamente chamou de “freiras”) e cometerem o que ele descreveu como “maldades” com meninos, filhos de fidalgos, que vivem nos mosteiros. Segundo relato de Xavier, as monjas, ao sentirem-se grávidas cometiam o aborto.

“Estes vivem muito a larga: tem freiras da mesma ordem e vivem juntamente com elas. O povo tem-nos em muito ruim conta, parecendo-lhe mal tanto convívio com as monjas. Dizem todos os leigos que quando algumas destas monjas se sente prenhada, toma uma mesinha com que logo deita fora a crianças... Perguntei a certas pessoas se estes frades usavam algum outro pecado, e disseram-me que sim: com os moços que ensinam a ler e escrever” (XAVIER, 2006, p. 512).

Apesar do espanto Xavier foi bem recebido e manteve bom convívio. Muitas das imprecisões de Xavier tratava-se de uma visão estereotipada, de certa ignorância sobre a região e a cultura com que entrava em contato (BORGES, 2015). Ao descrever os japoneses, Xavier considera que tratava-se de um povo racional e inteligente, faziam isso seguindo exemplos que tinham de seus antepassados. Percebeu que não bastava somente o ensinamento das orações, o exemplo de vida para conseguir a conversão deles para o cristianismo, sentia-se fraco por não ter conhecimento de sua língua, deduz ele que imitando a simplicidade dos meninos, mudando seu comportamento, tornar-se-ia mais fácil ganhar o respeito dos japoneses, conforme sua escrita aos companheiros residentes em Goa:

“Prouvera a Deus Nosso Senhor dar-nos línguas para podermos falar das coisas de Deus, porque então faríamos muito fruto com a sua ajuda e graça e favor. Agora estamos como estátua entre eles, vendo-os falar e conversar de nos muitas coisas, e nós, por não entender a sua língua, calamo-nos. Agora, compete-nos ser como meninos, em aprender a língua como acerca de imitar a sua simplicidade de meninos que carecem de malícia”(XAVIER, 2006, p. 522 - 523).

Pode-se resumir através da atuação missionária e das cartas escritas por São Francisco Xavier que sua maior preocupação em toda longa trajetória se define na conversão das pessoas. Tem como certo que o batismo e o catecismo, através dos ensinamentos das orações é a forma mais eficaz de atingir a conversão e salvação das almas.

Além disso, a documentação analisada nos mostra também que era dado grande importância ao ensino das crianças, como um público preferencial para conversão. O fato das crianças não terem ainda os “vícios” dos adultos, de serem mais prontas e preparadas para a conversão era sempre relembrando na escrita de Xavier.

 

Considerações finais

Na história da Companhia de Jesus, temos uma organização criada por padres católicos, com intuito primeiramente de retomar a Terra Santa e posteriormente converter todos os povos ao catolicismo. Foram sete os fundadores, Inácio de Loyola e Francisco Xavier, nosso objeto de estudo, foram os principais responsáveis, fundando oficialmente a Companhia de Jesus em 1540. Sob orientação do papa e da coroa portuguesa, os padres da Companhia de Jesus eram enviados em missões por todo mundo, e correspondiam-se por cartas que eram enviadas além-mar. Uma dessas coletâneas de cartas, a de Francisco Xavier, é que trouxemos como fonte para nossa pesquisa. A Companhia de Jesus fundou inúmeros colégios e seminários, mantendo sempre boa relação com o papa e a coroa (pelo menos até o século XVIII), tornou-se próspera, fecunda e perpetuou por longas décadas.

Francisco Xavier foi cofundador da Companhia de Jesus, e de suma importância para ela, pois foi um de seus grandes missionários. Trabalhou no Oriente, levando a conversão e catequização, e por consequência a cultura portuguesa/europeia aos lugares mais improváveis.

Francisco Xavier enviava cartas para informar aos companheiros jesuítas nos colégios, ao rei, a seus superiores e mesmo ao Papa o que se passava em sua trajetória, e conforme as informações fossem necessárias iam sendo repassadas para a população.

No Oriente Francisco Xavier inicia sua trajetória em uma ilha de pescadores nas Índias, onde já havia uma cultura e uma religião praticamente organizada, ele foi para muitos o primeiro contato com uma educação ocidental formal, converteu muitos e propagou a fé católica, batizando e catequizando, pois seu objetivo era a “salvação” de todos.

Debruçamos-nos aqui a entender acerca das concepções de criança e infância neste caminho das Índias percorrido por Francisco Xavier. Logo que chega a Goa, ele escreve relatando sobre as pessoas e as crianças que encontrara, onde fala que ajuda na conversão e salvação de todos, batizando, especialmente as crianças que ainda não eram batizadas, pois os cacizes, que eram uma “espécie” de sacerdotes daqueles lugares, não faziam, e para Francisco Xavier, e a religião católica da época, quem não fosse batizado e morresse sem o batismo não teria salvação.

Essa foi a principal preocupação de Francisco Xavier, a salvação através do batismo, por consequência a catequização e a educação religiosa, levando os povos à conversão. Outra preocupação de Xavier é centrada na educação, acredita ele que fundando colégio, proporcionando cultura e sabedoria as crianças, haveria maiores chance de conversão entre os infiéis. Percebe-se também sua preocupação em catequizar os jovens ensinando-lhes as principais orações para que esses transmitam o ensinamento aos familiares.

Pode-se concluir através das cartas e relatos minuciosos que percorriam todos os lugares, que a sua ação missionária no Oriente acerca da concepção de infância e criança foi a de salvar as almas através do batismo, ele via nas crianças uma forma de evangelizar e converter os povos chegando aos pais, educar e catequizar.

 

Referências

Sidineia dos Santos Conrado é acadêmica do curso de Pedagogia do Instituto Federal do Paraná – Campus Pitanga. Foi bolsista de iniciação científica (PIBIC/IFPR) no projeto “Concepções de criança e infância no epistolário do jesuíta Francisco Xavier (1542-1552)”.

Felipe Augusto Fernandes Borges é doutor em História (UEM/2018) e professor do curso de Pedagogia no Instituto Federal do Paraná – Campus Pitanga. É líder do Grupo de Pesquisa História, Educação e Cultura – Império Português e Brasil Colonial (Séculos XVI a XIX) – GPHECULT (IFPR) e participa do grupo de pesquisa: Laboratório de Estudos do Império Português (LEIP) da Universidade Estadual de Maringá.

 

ARIÈS, P. História social da infância e da família. Tradução: D. Flaksman. Rio de Janeiro: LCT, 1978.

BORGES Felipe Augusto Fernandes. Educação e Catequese: missionários religiosos a serviço de Portugal no Estado da Índia (1499 A 1552). 2015. 136 f. Dissertação Pós-graduação em Educação. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ. Maringá – PR.

BORGES, Felipe Augusto Fernandes; COSTA, Célio Juvenal; MENEZES, Sezinando Luiz. Missões da Companhia de Jesus na Índia: uma leitura sobre o período de Francisco Xavier (1542-1552). Esboços: histórias em contextos globais, Florianópolis, v. 26, n. 42, p. 333-357, jul. 2019. ISSN 2175-7976. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/esbocos/article/view/2175-7976.2019v26n42p333>. Acesso em: 25 fev. 2020. doi:https://doi.org/10.5007/2175-7976.2019v26n42p333.

CRUZ TERRA SANTA. Francisco Xavier. https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-sao-francisco-xavier/141/102/. Acesso em: 08 set. 2020.

KUHLMANN JR., Moysés. Infância e Educação Infantil: uma abordagem histórica. 4. ed. Porto Alegre: Mediação, 2007.

SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil. 3.ed. Campinas: Autores Associados, 2013.

XAVIER, São Francisco. Obras Completas. Tradução de Francisco de Sales Baptista S.J. São Paulo: Edições Loyola; Braga: Editorial A. O. 2006.

5 comentários:

  1. Olá Sidineia e Felipe.

    Gostaria em primeira fala, parabenizar os dois pela apresentação do tema, aliais é um debate que eu me interesso muito, principalmente no que tange ao sacramento do batismo nesse período, como um intrigante acadêmico de História que sou.

    Nesta linha de pensamento, gostaria de indagar a vocês, se em outras cartas do missionário Xavier, foi possível identificar de que modo mais especificamente acontecia (era administrado) esse sacramento do batismo nesses povos, ou melhor, se ele, Francisco Xavier, chega a relatar mais detalhadamente esse processo em suas cartas?

    Ítalo Bezerra Oliveira

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  2. Olá Ítalo!
    É uma grande satisfação receber sua colocação, ficamos felizes em poder contribuir com um tema que lhe remete interesse. Com relação a sua questão, a metodologia de como era realizado os batismos em si, não foi o objeto do meu estudo, porém gostaria de evidenciar que no documento de numero 48, da coletânea de cartas de São Francisco Xavier, Obras completas, ele detalha o batismo que está realizando, vale muito a pena dar uma olhadinha! Agradeço, espero ter contribuído.
    Sds,
    Sidineia dos Santos Conrado

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  3. Prezados,
    Primeiramente, parabéns pelo texto. Achei muito interessante a reflexão sobre a concepção de Xavier sobre a infância e de que modo isso intervém em seu projeto de evangelização. Na documentação analisada há descrições referentes ao cotidiano das crianças e o seu universo sociocultural, como por exemplo, comportamentos, principais atividades desenvolvidas por elas, a educação familiar etc? Desde já, obrigada.

    Michele Aparecida Evangelista

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    1. Olá Michele,
      Muito obrigada pelo seu comentário, ficamos felizes e honrados. As cartas Jesuíticas, especificadamente as do nosso estudo, as de Francisco Xavier, elas tem como enfoque principal o contexto religioso, e eram escritas para informar sobre as missões e evangelização, então o cotidiano das crianças era deixado como segundo plano. Espero ter contribuído!
      Sds,
      Sidineia dos Santos Conrado.

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