UM PANORAMA ACERCA DA HERANÇA LINGUÍSTICA PORTUGUESA EM GOA, TERRITÓRIO INDIANO
Introdução
Os estudos linguísticos são de ampla importância para entender diversos aspectos entre o homem e a linguagem. Para o teórico Émeli Benveniste (1995) é na linguagem e pela linguagem que o homem se constitui, a partir dessa afirmação, percebe o quanto se torna relevante essa corrente de estudos para entender muitas manifestações do falante através dela. Numa perspectiva mais imersa, sabe-se que “A linguagem é um mistério e para tentar entendê-lo, decifrá-lo, precisamos da própria linguagem. É a única ciência que explica seu objeto de estudo com seu próprio objeto de estudo e isso é o que fascina nos estudos linguísticos” [Araújo, s/d, p. 01].
Considerando como válidos os argumentos anteriores, ainda sob a ótica crítica da analista Daniela de Araújo é possível perceber como é intrínseco a relação entre falante x ciência, nesse caso, a Linguística. Sendo assim, “A linguagem é a via de comunicação entre os seres humanos e, por isso, entende-se que há muitos estudos ainda a serem realizados sobre tal assunto, já que compreender o ser humano e suas ações não é tarefa fácil. É preciso muitos teóricos a serviço disso e o ponto de partida continua sendo a palavra, pois no princípio era o Verbo” [Araújo, s/d, p. 08].
As proposições realizadas até aqui visam encaminhar as discussões para a relevância que possui os estudos linguísticos, embora essa análise não possua o objetivo de explorar em sua totalidade as manifestações linguísticas portuguesas em solo indiano, mas sobretudo demonstrar a notoriedade que há em relação a herança linguística portuguesa nas Índias e concomitantemente, a relevância desse trabalho que se ocupa em apontar algumas ocorrências da linguagem portuguesa da Índia com foco no estado de Goa.
Segundo dados da Embaixada de Portugal na Índia, “O português é, actualmente, a quinta língua mais falada do mundo e o idioma oficial de Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. É também utilizado em Macau, território sob a administração portuguesa até 1999, e em Goa. O português está, ainda, na base de cerca de vinte línguas crioulas e afirma-se como importante idioma minoritário em países como Andorra, Luxemburgo, Namíbia, Suíça e África do Sul, por obra das numerosas comunidades portuguesas ali radicadas” [Embaixada de Portugal na Índia, 2007].
Esse mesmo documento, também faz uma alusão a grande importância que possui esse idioma “É esta universalidade da língua portuguesa que une portugueses, brasileiros, muitos africanos e alguns asiáticos, reconhecendo nela um património cultural comum. Apesar de não dispor de um território contínuo, mas de vastas regiões separadas e espalhadas por vários continentes, e o facto de não ser privativa de uma comunidade, mas ser sentida como sua, por igual, em comunidades distanciadas, manifesta uma grande diversidade interna, consoante as regiões e os grupos que a usam” [Embaixada de Portugal na Índia, 2007].
Dados esses
embrionários conceitos que tem como objetivo esclarecer a reputação existente
entre essa linha de estudos, bem como sua aplicabilidade de algumas ocorrências
em solo indiano. A próxima parte trará algumas evidências teóricas, bem como
exemplos dessas ocorrências.
Desenvolvimento
A expansão portuguesa foi uma das que adquiriu status das mais bem sucedidas. Uma parte dessa premissa se deve ao favorável aspecto geográfico de localização, pois estar à beira mar constituiu um fator preponderante a esse fim. Nesse contexto, “sua posição geográfica privilegiada no continente europeu facilitava o acesso ao oceano Atlântico, um espaço marítimo desconhecido pela maioria dos demais povos europeus. A grandiosidade da expansão marítima portuguesa resultou inclusive na produção de um dos maiores poemas épicos da Idade Moderna, Os Lusíadas, escrito por Luís Vaz de Camões para retratar a saga de Vasco da Gama até chegar à cidade indiana de Calicute, em 1498”. [Pinto, 2016]
Os Lusíadas é uma das obras mais importantes da literatura de língua portuguesa e foi escrita pelo poeta português Luís Vaz de Camões. Esta é a primeira versão da obra. Publicada em 1572, estruturada em cinco partes distintas, sendo elas:
Proposição: introdução da obra com apresentação do tema e dos personagens (Canto I).
-Invocação: nessa parte o poeta invoca as ninfas do Tejo (Canto I) como inspiração.
-Dedicatória: parte em que o poeta dedica a obra ao rei Dom Sebastião (Canto I).
-Narração: o autor narra a viagem de Vasco da Gama e dos feitos realizados pelos personagens. (Cantos II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX).
-Epílogo: conclusão da obra (Canto X).
Na quarta parte “Narração” é que se encontra o registro mencionado no parágrafo anterior. [Daiana, s/d, p. 02]
Fonte: Toda matéria – disponível em: https://www.todamateria.com.br/os-lusiadas-de-luis-de-camoes/ - acesso em: 03 de agosto de 2020.
Desse modo, como traço importante, essa análise vem explorar um pouco sobre a intervenção linguística em parte da Índia, país oriental no qual os portugueses estiveram com intuito de colonização e exploração. Apesar de o êxito não ter sido tão amplo, houve uma herança deixada pelos portugueses nessa referida região. “Apesar de as línguas indianas pouco ou nada terem mudado com a língua portuguesa, é de realçar que muitos estabelecimentos nas cidades que estiveram sob o domínio português ainda têm nomes portugueses, bem como famílias geralmente mais abastadas que adotam nomes próprios de Portugal. A Língua Portuguesa chegou a ser uma língua oficial menor na Índia, especialmente nos territórios que fizeram parte do Estado da Índia.” [National Geographic, 2019]
Como se percebe, a influência não chegou a ser tão evidente, mas alguns aspectos sobreviveram ao tempo e ainda continuam evidentes conforme destaca a revista acima citada. Cabe também ressaltar ainda, sobre esse recente estudo publicado, a presença mista na linguagem em que a Língua Portuguesa influenciou. Segundo o estudo, “Também no Sri Lanka (anteriormente Ceilão) ainda se vivem memórias da influência portuguesa. Uma das mais importantes é a língua indo-portuguesa do Sri Lanka, um crioulo baseado no português, que hoje em dia ainda é falado por um grupo étnico de ascendência Portuguesa e Cingalesa, chamado de Os Burghers Portugueses” [National Geographic, 2019].
Somado a isso, a analista Isabel Luis Machado Cardoso Ricardo, faz também uma síntese sobre essa expansão. Dessa forma, observa-se uma considerável ênfase em seu postulado. Para ela, “A língua portuguesa teve uma grande expansão na Ásia nos séculos passados. Durante a época dos descobrimentos considerava-se que o português era a língua cristã por excelência e um indício de cultura europeia. Falava-se português, puro ou adaptado à língua do país em questão, por toda a Índia, na Malásia, no Sião, na China, em algumas partes do que na altura era a Pérsia, em algumas partes da Turquia e em Meca, entre outros lugares” [Ricardo, 2014, p. 02].
As considerações anteriores procuram demonstrar que através da inferência portuguesa foi possível disseminar um pouco dessa cultura em meio ao território indiano. Esses conceitos visam sugerir que, de certa forma, houve um momento de prestígio em que a Língua Portuguesa se opôs à nativa. Com evidência nessa questão, essa mesma teórica chama atenção sobre um fator que merece destaque. Ela explica que “Mesmo que, um dia, a língua portuguesa e os seus falantes desapareçam completamente da Ásia, a influência ira manter-se através de certos dialetos e expressões nas várias línguas, assim como em alguns hábitos e objetos do dia-a-dia” [Ricardo, 2014, p. 03].
O que se observa de maneira contundente é que a linguagem também chegou à culinária. Inevitavelmente, quando um idioma é falado em determinado local, não é injusto dizer que em todos aspectos que se utiliza a linguagem poderão assim sofrer mudanças. Para a teórica Ayesha Saldanha, houve uma importante influência em que se fundiu as duas culturas para formar a culinária indo-portuguesa. A analista esclarece que “Durante esse período, os portugueses deixaram a sua marca na cozinha indiana introduzindo novos ingredientes – incluindo as especiarias, que hoje encaramos como parte essencial da comida indiana – e pratos típicos de Portugal, que se foram adaptando às técnicas e gostos da culinária indiana. A influência mais forte foi naturalmente em Goa, (...). A culinária goês tem um sabor distintamente português” [Saldanha 2007, citado por Lú Sampaio 2014, p. 01].
Outros aspectos também são percebidos dessa influência linguística portuguesa no meio religioso, na arquitetura e até mesmo em documentos. E em concordância com a autora citada anteriormente, observa-se uma forte acentuação para a culinária, pois “também na gastronomia os portugueses deixaram a sua marca. A introdução da malagueta em Goa levou à criação do caril, a vinha d'alho inspirou o vindaloo indiano, e o sarapatel alentejano foi o ponto de partida para o prato de Mangalore chamado sorpotel” [National Geographic, 2019].
Essa mesma perspectiva, se confirma também na ótica da analista Ana Paula de Araújo, para a estudiosa da temática, a Língua Portuguesa teve considerável influência no território indiano. Esclarecendo esse fato, explica que “Muitos tratados, documentos, acordos, etc, foram escritos em língua portuguesa, já que os governantes das maiores potências européias da época perceberam que esta seria a língua mais adequada para fazerem as devidas negociações que os levariam a apropriar-se do direito de explorar tais terras” [Araújo, 2018, p. 01].
Estudos recentes estão em consonância com esta análise sobre a questão do êxito português em solo indiano. Segundo analistas “O idioma nunca foi o mais falado pela população, mas ainda é estudado e valorizado - especialmente pela elite intelectual do Estado de 1,5 milhão de habitantes. Hoje, são as pessoas acima de 50 anos que ainda mantêm viva a língua portuguesa. No cotidiano, são muitas as referências, incluindo núcleo de torcedores do Sporting e do Benfica - clubes mais populares de Lisboa” [Estado de Minas internacional, 2020, p. 01].
Como se percebe, a prática da linguagens de Língua Portuguesa
entre os indianos vem caindo em desuso, mas ainda encontrada nas pessoas mais
experientes. O relevante nisso é poder perceber como a cultura portuguesa
influenciou nesse contexto. Há de se destacar também que o estado de Goa possui um centro de formação em
Língua Portuguesa na tentativa de manter viva e difundida esse idioma. “O Centro de Língua Portuguesa em Goa - O Camões – Centro de Língua
Portuguesa de Goa foi inaugurado no dia 10 de junho de 2000. O Centro
de Goa tem como objectivo prioritário a promoção da Língua e da Cultura
Portuguesas, através de: formação de professores e de formadores; organização
de oficinas de trabalho, de leitura e de escrita, para professores de
Português; criação de cursos de Língua Portuguesa; funcionamento de uma
biblioteca” [Camões Instituto de Cooperação da Língua Portugal, 2016, p. 02]
Conclusão
O continente indiano sofreu várias intervenções de diversas nações, isto culmina em um miscigenado de culturas e contribuições formativas advindas de diversas áreas geográficas. Dentro desse contexto estão os portugueses que, apesar de não ser os primeiros a explorar o local, mas deixaram algumas marcas, principalmente no estado de Goa impulsionado também pela localização geográfica, pois se situa a beira mar e desse modo facilitou a exploração.
Os argumentos anteriores procuram evidenciar a relevância que a Língua Portuguesa teve em território indiano. Segundo diversos teóricos é comum encontrar em Goa muitos estabelecimentos com nomes portugueses, isso significa dizer que a parte da influência ainda perdura até os dias atuais. Outro fator de importante envergadura é o Instituto Camões que prepara tanto professores quanto alunos na região. Muitos indianos creem que aprender o português também abre horizontes no campo do emprego.
A
Língua Portuguesa alcançou também o teatro envolvendo muitos participantes
através da literatura e da música. Para a jornalista Marcella Affonso há um
grande destaque sobre essa questão, ela explica que “Incorporada politicamente
à Índia em 1961, após mais de quatro séculos sob domínio luso, Goa é hoje um
Estado que, apesar de sua natureza essencialmente indiana, graças à sua
história milenar de ocupação humana, carrega em si referências culturais
bastante distintas. O pluralismo da sociedade goesa se estende à sua linguagem
oral e literária: conforme é explicado na revista, além de ser
multilíngue, diferentemente de outras antigas possessões lusas, o Estado
tem, há muito tempo, uma produção escrita em vários idiomas – entre eles, além
do português, se destacam o concani, língua oficial de Goa negligenciada
durante a presença portuguesa, o marata, vindo do Estado vizinho de
Maharashtra, e, mais recentemente, o inglês – sobre a qual a revista vem
lançar luz” [Affonso, 2017, p. 01]
Referências
Wagner Pereira
de Souza é licenciado em Letras (Português/Literatura) pela Universidade
Federal de Rondônia/UNIR; Especialista em Coordenação Pedagógica pela Faculdade
Estadual da Lapa/FAEL. Atualmente, professor efetivo de Língua Portuguesa da
Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso/SEDUC MT.
AFFONSO,
Marcella. Revista destaca a língua, a
cultura e a literatura em Goa, 2017. Disponível em: https://jornal.usp.br/cultura/revista-destaca-a-lingua-a-cultura-e-a-literatura-em-goa/ - acesso em: 03
de agosto de 2020. [artigo]
ARAÚJO,
Ana Paula de. Português na Ásia,
2018. Disponível em: https://www.infoescola.com/linguistica/portugues-na-asia/ - acesso em: 02
de agosto de 2020. [artigo]
ARAÚJO, Daniela. A Linguística ontem e hoje. Disponível em: http://www.interletras.com.br/ed_anteriores/n6_n7/textos/linguistica_ontem.pdf Acesso em: 02 de agosto de 2020. [artigo]
BENVENISTE,
Emile. Curso de Linguística Geral.
Volumes 1 e 2. Campinas: Pontes, 1994. [livro]
DAIANA, Daniela. Os Lusíadas de
Luís de Camões,
s/d. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/os-lusiadas-de-luis-de-camoes/ - acesso em: 03
de agosto de 2020. [site]
EMBAIXADA
DE PORTUGAL NA ÍNDIA, 2007. Disponível em: https://www.novadeli.embaixadaportugal.mne.pt/pt/sobre-portugal/cultura-e-lingua-portuguesa – acesso em: 03
de agosto de 2020. [site]
ESTADO DE MINAS INTERNACIONAL. Religião, futebol e música ligam Goa a Portugal e Brasil, 2020. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2020/02/23/interna_internacional,1123955/religiao-futebol-e-musica-ligam-goa-a-portugal-e-brasil.shtml – acesso em: 02 de agosto de 2020. [site]
NATIONAL
GEOGRAPHIC. A Influência Portuguesa no Oriente, 2019. Disponível em: https://www.natgeo.pt/historia/2019/01/influencia-portuguesa-no-oriente
– acesso em: 02 de agosto de 2020. [revista]
PINTO, Tales. Expansão marítima portuguesa. Disponível em:https://escolakids.uol.com.br/historia/expansao-maritima-portuguesa.htm - acesso em: 02 de agosto de 2020. [site]
SALDANH, Ayesha (2007) citado por Lú Sampaio (2014). A influência portuguesa na cozinha indiana. Disponível em: https://pt.globalvoices.org/2014/04/12/a-influencia-portuguesa-na-cozinha-indiana/ - acesso em: 02 de agosto de 2020. [artigo]
RICARDO, Isabel Luis Machado Cardoso. Influências de Portugal no Oriente, 2014. Disponível em:
https://www.iscap.pt/cei/e-rei/n4/trabalhos-ei/Isabel-Ricardo_Influencias-de-Portugal-no-Oriente.pdf
– acesso em: 02 de agosto de 2020. [artigo]
Oi, Wagner. Boa tarde!
ResponderExcluirPrimeiramente, parabéns pelo trabalho. Só o título já despertou minha atenção, e foi muito interessante ver como você faz uma ligação entre linguística e o contexto histórico da presença, sobretudo portuguesa (que é o objeto de estudo) em Goa. Entender que a linguística nos proporciona conhecer o ser humano é de extrema importância, então muito obrigado por apresentar um trabalho tão legal.
No texto, você disse que a língua portuguesa, ainda que não tenha tido um total predomínio, teve sim sua relevância. Já conhecia alguns documentos escritos em português que foram produzidos em Goa, mas a questão da arquitetura e da culinária me despertou atenção. Você poderia me dizer se, assim como a manutenção do centro de formação em língua portuguesa, ainda há esforços para a manutenção do legado português em Goa, em relação ás construções arquitetônicas? Se sim (e aí cito também o centro de formação criado em 2000), qual o objetivo em perpetuar o legado português? Quem são as pessoas que estão por trás de tal empreendedorismo?
Desde já, muito obrigado e parabéns, mais uma vez, pelo trabalho muito interessante!
Oi Carlos, muito grato pelas suas palavras e também quero lhe agradecer pelo interesse na temática. Pois bem, sobre as construções arquitetônicas, Portugal não conta mais com aquela influência da época da colonização. Ainda exite monumentos edificados por eles, mas não está mais em evidência a manutenção disso.
ExcluirSobre o centro de Línguas edificado em 2000, existe um interesse local de participar, pois a Português para eles é uma Língua Estrangeira, logo, ter fluência numa Língua Estrangeira é prestígio assim como para nós ter fluência em Inglês, Espanhol, Francês, Italiano de outros idiomas. Ser fluente em Português, abre porta de trabalho para eles também, esse, seria um dos grandes interesses. O Centro de Língua em Goa, já conta com professores formados nascidos na China e que lecionam Língua Portuguesa no próprio país.
Mais um vez, meu muito obrigado!
Wagner Pereira de Souza
wpereirasouza46@gmail.com
Parabéns pela temática abordada no trabalho!
ResponderExcluirMuito interessante os pontos apontados no texto e a importância no reconhecimento de como a linguagem e a História estão ligadas. Gostaria de saber se foi encontrado durante a pesquisa outros mecanismos que buscam a difusão da língua e sua manutenção nos dias atuais para população no geral, além do Centro de Língua Portuguesa em Goa. Algo que busque despertar o interesse da sociedade e posteriormente estimule o desejo em aprender a Língua Portuguesa.
Rafaela Silva dos Santos.
Oi Rafaela, estou muito grato pelas suas palavras e também pelo interesse na temática, muito obrigado!
ExcluirVeja bem, o Centro de Línguas é o grande epicentro que concentra as atividades de Língua Portuguesa em Goa. Por isso, as demais atividades acessoriais estão diretamente ligadas a ele. Sobre o desejo de aprender a Língua Portuguesa, digo-lhe o mesmo que eu disse na pergunta do Carlos: existe um interesse local de participar, pois a Português para eles é uma Língua Estrangeira, logo, ter fluência numa Língua Estrangeira é prestígio assim como para nós ter fluência em Inglês, Espanhol, Francês, Italiano de outros idiomas. Ser fluente em Português, abre porta de trabalho para eles também, esse, seria um dos grandes interesses. O Centro de Língua em Goa, já conta com professores formados nascidos na China e que lecionam Língua Portuguesa no próprio país.
Mais uma vez, o meu muito obrigado!
Wagner Pereira de Souza
wpereirasouza46@gmail.com